Remendo a Remendo

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O Alfredo, o grande criador da Herdade da Matinha, teve a sorte, ou o acaso, de nascer com umas costelas a mais. De pintor, a cozinheiro; de agricultor jardineiro a artesão; de arquiteto a decorador, ele viaja no tempo e deixa o seu rasto.

Os quadros que se encontram na Matinha, ao vaguear atento pela casa, mostram neles inspirações sentidas e pensamentos tidos em anos de vida. As paredes onde eles estão pendurados, também foram crescendo umas atrás das outras, a mando de um homem que se foi criando enquanto criava.

“Faz sentido, quando é sentido.” ouvi alguém dizer, um dia. Pois bem, se há projeto que se foi fazendo a seu tempo, e alargou o espaço quando o espaço pediu mais espaço, foi este.

O guardião desta casa não se sobrepõe às regras da casa, como faziam os homens de antigamente. Não… Tal como se deitava na cama dos seus filhos.

Chegada a hora de deitar, para ouvir os seus sonhos para o dia seguinte, o Alfredo esteve atento aos sons ecoados de dentro da que era a sua casa. Sentia no estalar da madeira, a brisa chamar mais gente, e em cada cada toque na chapa metálica, uma alma caída para ali querer ficar.

Assim, a casa foi ganhando vida, a partir da vida que lhe davam a pedido. Nunca se quis demais, porque nunca se quis ser outra coisa. Tudo o que se aumentou no corpo, partiu da mesma essência que já era.

Basta sentar à mesa, com os pratos postos sobre a toalha em patchwork tecida pelo Alfredo, e vemos ao detalhe o desenho que monta este lugar: Um projeto misturado na forma e orgânico na alma. Uma tela em aberto, que, remendo a remendo, foi cosendo o Mundo que se esconde neste vale.

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