Nunca cá tinha vindo nem estado. Mas, de certa maneira, reencontrei-me com a família que nunca conheci, e senti-me reviver memórias de uma infância inexistente.
Cheguei com uma saudade nostálgica que, segundo dizem os filósofos, é a saudade das coisas não vividas. E parti com um sentimento de pena desesperada por voltar.


Sempre que passar na berma da estrada, onde está espetada uma tabuleta com o nome de “cercal”, vai-me dar aquele mesmo aperto que me dava no estômago, sempre que partia em viagem com a escola e o autocarro passava à porta de casa.

Não se compreende. Nem tem muita lógica que assim seja. Mas não me disseram um dia, que se é sentido, é porque tem sentido?